- Poema: O triste fim do palhaço Alegria, por Tiago Melo
No bairro Solidão, na casa de número 91, situada na rua Sem Companhia
Morava sozinho, um triste palhaço, chamado palhaço Alegria
Anos atrás, Alegria tinha uma linda filhinha, a quem muito amava
Porém, o circo em que trabalhavam pegou fogo
Levando sua filha ao túmulo, carbonizada
Para piorar sua situação, ele passara a repudiar sua profissão
Queria esquecer o passado, o circo e tudo que antes fora bonito
Esquecer não conseguiria. Na verdade, não poderia
Palhaço fora durante toda a vida e palhaço continuaria a ser
Pois, o circo ele havia largado, mas todas as tardes ele vestia seu espalhafatoso uniforme
Pintava-se, treinava suas piadas defronte ao espelho, tudo dentre os conformes
Os transportes públicos passaram a ser seu local de trabalho
Além de piadas, levava consigo bolinhas, argolas e cartas de baralho
Pensava em largar o riso fácil e virar malabarista de trânsito ou, talvez, mágico
Tudo pela satisfação profissional e pela do público, um povinho antipático
Contudo, foi ao descer do ônibus e dobrar na esquina da Amargura que ele encontrou sua vocação
Alegria entrou num bar, tomou todas que seu dinheiro mixuruca podia comprar
E virou Alegria, o triste palhaço beberrão
Para afogar as mágoas, as dores, as infelicidades e para sair da solidão
Dois meses depois Alegria morreu, de tanto beber teve complicações no fígado,
no trabalho e na vida
Alegria morreu só.
que triste!!! coitado do Alegria.
ResponderExcluiroooooolhaaaaaaa
ResponderExcluirele colocou o poema do palhaço alegria!
esse é profundo
Eu lembro desse poema, o Tiago como sempre ..., não tenho nem palavras
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