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TIRINHA DA SEMANA

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Níquel Náusea, por Fernando Gonsales

quinta-feira, 15 de julho de 2010

QUADRINHOS: crítica de Umbigo sem fundo

  • O épico dramático da família Loony

Com um nome estranho, metafórico talvez, uma arte não tão atrativa, proporções épicas para um quadrinho independente e um preço pesado para os bolsos dos leitores brasileiros, algo em torno de R$ 60, Umbigo sem fundo assusta a primeira vista. Mas não se engane, não fuja dele, na verdade ele vale muito a pena ser lido. Considerado como um dos novos expoentes dos quadrinhistas independentes americanos, Dash Shaw, o autor da obra, apresenta-nos uma história profunda, fluida e madura, algo surpreendente para um rapaz de 23 anos que até então nunca tinha tido uma obra publicada.

A trama conta a história do casal Loony, que após quarenta anos de casados decidem se separar pois não se amam mais, então os filhos reúnem-se com os pais para entender os motivos da separação. Então temos os três filhos: Dennis, o mais velho, o que não entende e não aceita a separação dos pais, passa boa parte da história procurando explicações no passado dos pais em velhos baús - ele parece desvendar o mistério ao ler uma carta codificada, cabe ao leitor decifrá-la ou não; a filha do meio, Claire, mãe solteira que entende muito bem toda a situação, mas não consegue lidar com o amadurecimento da filha; o caçula, Peter, desenhado como um sapo, para retratar sua distância e solidão em relação ao resto da família.

A arte de Umbigo sem fundo é simples, fluida, são 600 páginas que passam despercebidamente; o autor com ares de modernista brinca com o tamanho dos quadrinhos, sua disposição e o número deles na página e não poupa o leitor das cenas explícitas de felação.

Sempre inovador e original, Umbigo sem fundo tornou-se uma importante graphic novel da atualidade e já está sob os olhares gulosos da indústria cinematográfica, sendo um dos projetos de interesse do ator/diretor Ben Stiller para uma futura adaptação.

Agora, após lê-lo, posso dizer que o nome continua estranho - risos - o tamanho da obra assusta mas a história é ligeira e a leitura também, o preço vale cada real que se paga e é um drama dos bons que dá vazão à comédia, ao suspense, ao romance, tudo orquestrado de forma natural e satisfatória. Um novo clássico dos quadrinhos.

EXCELENTE

Um comentário:

  1. eu acho q lembro desse...
    é um q tinha na saraiva, cheio de imoralidade?
    euheuehueheuheueheu
    se nao fosse tao caro eu compraria

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